Sabem aqueles livros que se compram e não se sabe muito bem do que tratam? Foi assim com o One Day. A bisbilhotar pelo Book Depository (mais barato do que o Amazon, fica a dica, free shipping), foi daquelas compras por impulso. E não é que é brilhante? A premissa é inteligente, durante vinte anos, encontramos as mesmas duas pessoas, na mesma data, e vemos como lhes corre a vida. É uma comédia daquelas tipicamente britânicas, bittersweet, que se lê num piscar de olhos, e que é tão cinematográfica que era inevitável que se fizesse um filme em menos tempo do que leva para comer um twix. (como aconteceu com o About a Boy, lembram-se?)
E cá está o dito filme.
Com direito a estrela de renome como a Anne Hathaway (não havia nenhuma actriz britânica que não precisasse de fingir o sotaque?), o Jim Sturgess (o actor do Across The Universe, cute) , banda sonora que se situa entre o indie e o pop, data de estreia em pleno Verão, e produzido pela Focus Features (que trouxe os Before Sunset e Sunrise e o Eternal Sunshine of The Spotless Mind e tantas outras pérolas), tanto o legado do autor, como o sucesso parecem estar seguros.
Então porquê que nos parece estranho? Será possível alguma vez o filme superar o livro?
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