sábado, 9 de janeiro de 2010

Don't mess with my hair

É verdade universal que nós, mulheres, temos os nossos desequilíbrios, as nossas paixões, os nossos calcanhares de Aquiles, e na nossa opinião, um dos nossos maiores pontos fracos são os nossos cabelos.
Sim, esta parece uma conversa dos anos 50, sim, já se queimaram soutiens e nós somos independentes, esclarecidas e inteligentes, mas, pensem um pouco, (ladies, porque os homens, a esta altura já fecharam a janela), há algo que suscite uma mais conversa animada entre elementos do sexo feminino do que a simples pergunta : queria mudar o meu cabelo, alguém tem uma opinião?

Ou seremos apenas nós?


Admitamos, somos ensinadas desde pequeninas de que o nosso cabelo é a nossa coroa de glória, e que nos caracteriza tanto, que quando temos uma má experiência num cabeleireiro, nunca mais voltamos lá... ou quando encontramos "a" cor, passamos a usá-la até que deixe de ser fabricada (qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência), e criamos mesmo uma relação estranha de cumplicidade/confiança com um cabeleireiro que descubra os nossos mais profundos desejos e nos transforme naquelas mulheres imaginadas que ansiamos ser.

E depois há os dias em que os odiamos, enrolamos as madeixas lisas, perdendo-se as ondas em minutos, alisamos os caracóis, para iludirmos o espelho, o mesmo que nos mostra aquele caracol que teima em enrolar-se... aclaram-se os escuros, tingem-se os brancos...morenas enganam a natureza (umas melhor que outras), e passam a louras...uma luta constante.

Gostamos de pensar nesta luta constante, como uma forma de expressão, como um sinal de inconformidade, e como um meio de apresentar ao mundo constantes versões melhoradas de nós mesmas... ou se calhar estamos apenas a tentar arranjar uma desculpa convincente para voltar a mudar os nossos cabelos.

Oh well...futilidades ou não, aquela que estiver perfeitamente feliz com o seu cabelo, que atire a primeira pedra!

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