Porque voar é preciso

Despedir-se é sempre complicado, e levamos sempre connosco um pouco do lugar onde pertencemos...

É sempre bom partir em aventuras pessoais, que por mais pequenas ou ambiciosas que sejam, se forem verdadeiras, implicam sempre voar para longe de casa.
Nós mesmas já tivemos essa experiência, do que era viver longe de casa, e como experiência, foi a mais enriquecedora possível, mas a verdade é que nunca deixamos de desejar regressar ao lugar onde nos sentimos melhor... aqui.
Havia muitas coisas que nos faziam falta imediatamente, outras que aprendemos a valorizar, e outras que sinceramente, até não faziam falta nenhuma, mas:

Fazia-nos muita falta o mar...

O vento do mar, principalmente nos dias de Inverno ao entardecer, aquele cheiro a maresia maravilhoso e inebriante...
E a floresta...

O silêncio, o verde, o ar puro, a magia ... (costumávamos dizer que na selva de apartamentos onde vivíamos não havia fadas...)

E coisas mais banais, tal como dormir na nossa cama,

Nem que fosse durante apenas uma semana.
E os nossos animais de estimação, que quando regressávamos, (quem tem gatos deve saber do que falamos...), pareciam ignorar-nos, mas depois lá se rendiam...

Hoje de volta, após o voo, apreciamos as coisas de outra forma, e depois de tanta coisa boa longe de casa, é muito bom ter tanto de bom para que regressar...